domingo, 16 de setembro de 2012

As manifestações



Acho interessante ver tanta gente a cuspir no prato que lhes da de comer.

Quando vejo pessoas a insurgirem se contra a presença da dita Troika em território nacional, não posso deixar de rir um pouco, com a ignorância destas pessoas.

Primeiro fomos nós enquanto País que requereu a sua ajuda.

Segundo sem o empréstimo destas entidades o Estado português já teria anunciado a sua falência há muito tempo.

As pessoas não se apercebem que o Estado hoje não tem capacidade de imprimir moeda, isto é, solicitar ao Banco central que este imprima moeda e compre divida pública.
Hoje o único capaz de fazer isso seria o BCE que como se sabe não virá em auxilio do governo português.

Então se o Estado gasta 10 e cobra 9,  falta 1 para cobrir as despesas. Esse dinheiro antes vinha via emissão de divida, mas como actualmente isso já não é possível, sem Troika haveria mesmo falta de dinheiro nos cofres para pagar pensões, salários, etc..

Seria um pânico total. Nem consigo bem imaginar o que ocorreria, para mais quando as pessoas não estão preparadas para tal eventualidade.

Para as pessoas terem um ideia consultar o que ocorreu na Argentina no ano 2000, onde a classe média alta passou fome, e tinham capacidade de criar moeda (apesar de isso nada resolver, mas isso é assunto para outro post).

Não gostamos da austeridade?

Esta ainda nem começou.

Sinceramente esta é a realidade do país, consumimos no passado o presente e o futuro.

Portugal está falido



Segundo dados do Zerohedge Portugal figura no 3º lugar  do ranking mundial das sociedades com maiores dividas em função do PIB.

A sociedade portuguesa (Estado, famílias e empresas) deve 669mil milhões de euros (dados de 2011) ou 369% do PIB, só ficamos atrás da Irlanda e Japão.

Será possível pagar esta divida?

Sou da opinião que é impossível, basta pensar um pouco, se no nosso dia a dia dizemos que quando uma pessoa individual começa a contrair empréstimos para pagar outros empréstimos a sua bancarrota é apenas uma questão de tempo, pior é quando se contrai empréstimos para pagar apenas os juros vencidos.

Bem o que descrevi no parágrafo anterior é o que o Estado português tem vindo a fazer desde 2010, o empréstimo da Troika é isso mesmo, fundos para pagar divida passada.

A população não tem esta noção, muita desinformação prestada pelos partidos e pelos Media.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Como é que o Estado Financia as suas despesas?

A resposta a esta pergunta é fundamental, para perceber o quão nocivo é o Estado para  a Economia.

O Estado financia-se de 3 formas: Impostos, Emissão de Divida e Venda de património.

Sendo que Emissão de divida não é mais do que impostos no futuro, os que devíamos ter pago mais os juros.

Daqui rapidamente retiramos a noção que o Estado não cria riqueza, antes consome-a.

O Estado para financiar as suas despesas necessita de recorrer à colecta coerciva de impostos sobre a economia privada (Famílias e Empresas).
Esta entidade retira à força à economia privada parte do seu rendimento.

Retiramos também outra noção, a de que os Funcionários públicos na realidade não pagam impostos.
É um conceito um pouco difícil de compreender à primeira vista.
Mas passo a explicar.
O Estado ao pagar a um professor o salário deste, faz-lo com o dinheiro que retira ao sector privado, por exemplo quando cobra IRS a um Sapateiro. Logo os impostos que os funcionários públicos pensam que pagam não são mais do que descontos no salário que o Estado lhes faz, uma forma de engano, na minha modesta opinião, primeiro induz estas pessoas em erro e as do sector privado, ao criar a ilusão que estas comparticipam para o orçamento, e segundo assim cria outra ilusão de que estas pessoas auferem um rendimento mais elevado, em Portugal tem-se por hábito mencionar o rendimento bruto e não liquido.

Porque faz isso? Bem para enganar o pagode, se as pessoas percebessem que apenas os do privado sustentam o sistema todo, e que os Políticos apenas sugam recursos, o sistema poderia ruir mais facilmente